domingo, 23 de dezembro de 2012

Plataforma Freguesias SIMtra manifesta-se em Belém contra a reforma administrativa



A Plataforma de Freguesias SIMtra participou ontem na manifestação da Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE) frente ao Palácio de Belém, onde autarcas de todo o país pediram ao presidente Cavaco Silva que não promulgue a lei que extingue quase 1200 freguesias, 16 das quais em Sintra. “Temos a esperança que o presidente não promulgue esta lei que é anti-democrática e não serve as freguesias”, explicou Rui Monteiro (CDU), da Plataforma Freguesias SIMtra.

A maior presença sintrense foi a de Montelavar, cuja presidente e restante delegação subiu ao palco para cantar antecipadamente as Janeiras ao presidente da República e prometer continuar a lutar pela freguesia (ver vídeo). Lina Andrês (PS) diz-se indignada com a aprovação do projecto de lei que impõe a agregação de Montelavar a Almargem do Bispo e Pêro Pinheiro. “Senti por parte da maioria no Parlamento uma grande arrogância, prepotência e desrespeito absoluto pela população e pelos autarcas. Não tenho dúvidas de que estamos a viver um momento muito anti-democrático e isso é preocupante”, lamenta a autarca.

Já Armando Vieira (PSD), presidente do conselho directivo da ANAFRE, expressou palavras de descontentamento e de esperança. “Manifestamos o desejo de que Cavaco Silva, qual rei mago, possa oferecer o incenso do bom senso, o ouro da reflexão prudente, a mirra da palavra conselheira e da advertência oportuna”, disse. A ANAFRE rejeita esta reforma administrativa e pede a Cavaco Silva que evite que as populações deixem de contar “com a mão amiga das suas juntas de freguesia, e com a sua solidariedade certa e garantida”.



Por cá, a Plataforma de Freguesias SIMtra promete continuar a lutar contra o fim das freguesias, embora não defenda a realização de boicotes às próximas eleições autárquicas. “Podem acontecer, mas nós não apelamos aos boicotes, porque entendemos que as pessoas devem exercer o seu dever de voto e se há alguém que deva ser penalizado, que o seja nas urnas”, defende Rui Monteiro. O próximo passo, caso a lei seja promulgada, será “sensibilizar os grupos parlamentares para que proponham a criação das freguesias extintas neste processo”, avança.

© Luís Galrão/Tudo sobre Sintra

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1 comentário:

  1. Estes autarcas não estão preocupados com as populações, mas sim com o facto de ao haver menos freguesias à menos presidentes de junta e menos familiares lá metidos, resumindo e concluindo menos tachos, porque apoio à população vai sempre haver, quer seja numa sucursal da futura junta ou da sede, ao contrário do que este gente apregoa não vai haver despedimentos, os funcionários fazem sempre falta, vai deixar de haver é menos presidentes, vices, tesoureiros, etc., ou seja menos familiares.

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