Câmara de Sintra "lamenta" encerramento do Museu do Brinquedo que fecha hoje as portas

A Câmara de Sintra "lamenta que a proposta para que o Museu do Brinquedo pudesse ficar na vila não tenha sido aceite, nem tenha sido alvo de uma contraproposta" por parte da Fundação Arbués Moreira, que neste cenário fecha hoje as portas do Museu. "A autarquia encetou todos os esforços para impedir o encerramento do espaço, tendo apresentado como solução a criação do Museu Municipal do Brinquedo – Colecção João Arbués Moreira, uma proposta em que a câmara faria a gestão e dinamização do museu, sem qualquer despesa para a Fundação, que manteria a plena propriedade da colecção e presidia ao conselho consultivo, ao qual competia definir a estratégia do museu e acompanhar a respectiva execução", esclarece a câmara em comunicado.

A autarquia afirma ainda que "estas excepcionais condições eram a única solução legal que permitia a manutenção do Museu aberto em Sintra, integrado na rede municipal de museus" e "reafirma a disponibilidade para, dentro da legalidade, manter o museu no município." Diz também que "a única vertente que a proposta não contempla, nem podia contemplar, era qualquer exigência relacionada com garantia de lucro para a actividade museológica" da Fundação, que "como entidade privada que é, se esse fosse o objectivo teria de procurar o lucro no funcionamento do mercado, e não através do orçamento da câmara".

O encerramento decorre do fim do apoio financeiro da autarquia, que foi impedida por lei de apoiar projectos privados como o Museu do Brinquedo (Resolução do Conselho de Ministros n.º 79-A/2012). "Até 2012, o museu tinha a cedência gratuita do edifício no centro da vila histórica e a avença mensal de cinco mil euros por mês, apoios que não foram renovados pelo anterior executivo por obrigação legal. Este problema surgiu em Janeiro de 2012, sem que o executivo da altura tivesse desenvolvido qualquer resposta ou iniciativa, excepto não ter renovado o protocolo com a Fundação Arbués Moreira e ter cortado o apoio municipal, tal como impunha a lei", recorda o actual executivo.

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