"O Presidente da Junta de Algueirão Mem Martins estranha o facto de a Administração do Hospital Fernando da Fonseca ter solicitado à Administração de Saúde de Lisboa para ponderar acabar com as Urgências em Mem Martins, com a justificação de que os serviços tem uma reduzida afluência e elevados custos de pessoal.
Carecendo de uma explicação fundamentada que possa levar a essa situação, convém referir que os Serviços Básico de Urgência de Algueirão-Mem Martins, estão impedidos de receber certos tipos de doentes, porque na altura o serviço não foi dotado dos meios necessários a servir a maior freguesia do país, com mais de 120 mil pessoas.
Um Serviço de Urgência, devia dispor de um serviço de Pediatria, sobretudo numa freguesia, com uma elevada taxa de crianças e jovens. E não dispõe. Devia dispor deste serviço, pois consta na própria proposta da sua obra e até ao momento não se sabe quando é que estará dotado a receber as crianças da freguesia.
Por outro lado não podemos aceitar que uma Unidade de Saúde, equipada com RX, não possa prestar este serviço a qualquer doente da freguesia que necessite dele e se obrigue o doente a deslocar-se ao Hospital Fernando da Fonseca, para fazer um RX, quando este pode ser feito na sua freguesia.
Também não compreendemos porque razão os doentes dos Centros de Saúde de Mem Martins, não podem fazer pensos na Unidade de Urgência e sejam encaminhados para o Hospital Fernando da Fonseca.
O Ministério da Saúde, com estas medidas está a ajudar a “entupir” uma unidade já por si superlotada, deixando de utilizar uma que está disponível e equipada com meios. Haja vontade para resolver uma situação, coisa que não nos parece que exista.
É normal os doentes da Unidade de Urgências esperarem três e quatro horas para serem atendidos. Isto não é um luxo. São as condições que existem e às quais os doentes estão sujeitos.
O próprio espaço foi muito mal concebido, por ser pequeno demais para as necessidades. Com o dinheiro que se gastou em prefabricados, teria sido preferível aproveitar os pavilhões da antiga MESSA e construir uma obra de raiz, em vez daquilo que ali está feito.
Afirmar que os serviços podem encerrar à noite porque em média só são atendidos 140 utentes, não nos parece razoável porque o problema é também a falta de divulgação. O Ministério da Saúde, inaugurou esta unidade em Agosto de 2009, mas nunca foi feita qualquer divulgação como seria normal que acontecesse.
Pretender fechar um serviço nocturno de urgência hospitalar numa freguesia com mais de 120 mil habitantes é uma medida que não podemos deixar de condenar porque ela é lesiva dos interesses e dos direitos dos cidadãos.
Por isso pedimos ponderação na decisão que vier a ser tomada em função das mais valias de que a Unidade de Urgência de Algueirão-Mem Martins, pode ser dotada, para prestar um bom serviço à população. Fechar a Unidade de Urgências, no período nocturno é uma grave medida que terá de ser rejeitada, por todos os meios de que dispomos.
Manuel do Cabo/Presidente da Junta de Freguesia de Algueirão-Mem Martins
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
Comunicado do Presidente da Junta de Freguesia de Algueirão-Mem Martins
2 comentários:
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Uma correcção ao comunicado. Escreve-se acontecesse e não acontece-se.
ResponderEliminarObrigado pela dica! Erro de quem o escreveu e de quem o leu demasiado depressa...
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