sábado, 7 de maio de 2011
'Sintra: Um Património nada Mundial'
No blogue Café com Adoçante, a opinião do Fernando Morais Gomes: "Sintra é um microcosmos onde o natural muito se interpenetra com o humanizado, decorrente de morfologicamente, a serra ser o que hoje é muito graças à intervenção humana e florestação exótica a partir de D.Fernando II, isto para o bem, mas também por ser o jardim às portas da Grande Urbe que já lhe ameaça as fronteiras naturais e a invade com as avassaladoras hordas de turistas e excursionistas, que pouco ou nada deixam dormitar as pedras seculares ou as armérias e camélias com que um dia a quiseram presentear. E temos assim uma Sintra do desleixo, da ruína desmazelada promovida a vestígio sagrado, onde se mexe estraga se não mexe morre;a Sintra do excursionismo de fim de semana, do turista do circuito Vila-Piriquita-Regaleira-Comboio; a Sintra do plano de urbanização mais antigo de Portugal e ao mesmo tempo da incapacidade de planear o que quer que seja para levar ao terreno; a Sintra onde muitos mandam, poucos executam e nenhum respeita; a Sintra onde o que cheire a ouvir as pessoas cheira a heresia, onde se olha o património como o faqueiro precioso que se compra no dia do casamento, mas que quase nunca vai à mesa ao longo dos anos, com medo de estragar; a Sintra dos proprietários urbanos que, donos de vasto património o deixam ruir esperando mais valias urbanísticas, mas que apesar disso, são agraciados com comendas pela sua benemerência e filantropia(vamos a ver agora com os aumentos do IMI...); a Sintra do comércio ora débil ora elitista, da restauração ora precária ora do bolso cheio, da hotelaria do hostel barato ou da byroniana suite, mas onde o meio termo dificilmente tem lugar." [post integral]
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