quarta-feira, 16 de novembro de 2011

'Ataque brutal do Governo aos direitos dos utentes da Linha de Sintra'

Comunicado da Comissão de Utentes da Linha de Sintra (CULS):
"O aumento dos passes sociais, que atingiu os 25%; o anúncio da penalização em 50% na discriminação positiva até então atribuída a passes sociais de crianças, jovens e idosos; o conjunto de medidas que vem sendo anunciadas pelo Governo, como seja a diminuição do número de trabalhadores da CP, a redução da oferta nesta Linha, a taxa de IVA aplicada aos transportes de 6% para 23% em 2012, só pode ter uma única leitura: trata-se de um ataque brutal ao direito universal e inalienável dos utentes à mobilidade.

E se a redução do número de trabalhadores da CP é considerada uma medida sem qualquer suporte de razoabilidade já que na Europa, há bem perto de 15 anos, a CP era a companhia ferroviária com menos trabalhadores por quilómetro de via, ela também poderá ser factor altamente perigoso em termos de circulação na Linha de Sintra e da qualidade neste transporte, podendo abrir portas a graves acidentes ferroviários.

A Comissão de Utentes da Linha de Sintra (CULS) considera que as medidas já tomadas pelo Governo e os projectos que perspectiva a curto prazo demonstram ausência de estratégica nacional em termos económicos, ambientais e sociais. Deveria, isso sim, incentivar-se o transporte público ferroviário aumentando a sua qualidade e, por outro lado, que o respectivo preço reflectisse as dificuldades porque passam as famílias, que hoje já despendem em transportes perto de 20% do seu orçamento familiar.

A CULS entende que as medidas gravosas deste Governo prefiguram uma futura privatização da Linha e o monopólio deste serviço público por parte de grupos económicos cuja finalidade é abocanharem grandes lucros à custa da qualidade deste transporte, com consequências lesivas no orçamento do utente, na previsível diminuição do número de utentes e consequentemente o entupimento no IC19 pelo aumento da utilização do transporte individual e o correlativo aumento do consumo de combustíveis fósseis.

Todas estas medidas gravosas deverão ter uma resposta de contestação dinâmica por parte dos utentes da Linha de Sintra, quer para impedir que sejam concretizadas, quer para exigir a anulação das já aplicadas. Nesse sentido, a CULS entende que os utentes se deveriam juntar à onda de protestos que se verifica a nível nacional e que culminará na próximo dia 24 de Novembro com a GREVE GERAL, marcada pela CGTP-IN e pela UGT."

1 comentário:

  1. Quando foram as últimas eleições para elegerem os dirigentes desta associação?? que legitimidade têm eles para me representarem como utente da linha de comboio de Sintra???? De onde emana a legitimidade desta organização, que consta que não são mais do que um braço da CDU...

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