sexta-feira, 6 de junho de 2014

Câmara admite contratar médico para manter abertos centros de saúde em Almargem



A Câmara de Sintra está disponível para contratar um médico que assegure o funcionamento das extensões de saúde de Dona Maria, Sabugo e Almargem do Bispo, que têm encerramento anunciado já para segunda-feira. “Vamos tentar contratar um médico o mais depressa possível, porque as pessoas não podem ficar sem centro de saúde”, disse hoje o presidente da câmara no final de um protesto dos moradores de Dona Maria, que chegaram a cortar a estrada que atravessa a localidade durante quase uma hora.


© Sintrenses com Marco Almeida - Almargem do Bispo/Pêro Pinheiro/Montelavar

Basílio Horta considera que o encerramento das três unidades, com a concentração dos serviços em Negrais, “é de uma desumanidade sem nome, que a câmara não pode consentir”. “Não é possível obrigar pessoas de idade, doentes, a caminharem dez ou doze quilómetros para Negrais, sem transportes públicos, porque falta um médico. Enquanto Almargem do Bispo não tiver novas instalações, não podemos deixar que esta gente sofra isto”, disse.


© DR

O autarca assegura que a presença na manifestação não pretendeu afrontar o Ministério da Saúde, mas sim “demonstrar solidariedade para com os moradores”. “Queremos manter as melhores relações com o ministério e já pedimos uma reunião urgente ao ministro da saúde, que ainda não respondeu”, afirmou Basílio Horta, que recordou que a câmara já disponibilizou três funcionários para que o centro de saúde de S. João das Lampas não encerrasse as consultas durante o Verão.

O presidente da União de Freguesias de Almargem do Bispo, Pêro Pinheiro e Montelavar, por seu lado, lamentou que a Administração Regional de Saúde tenha anunciado o encerramento das unidades com apenas três dias de antecedência. “Não foi tratado nada com a câmara e com a junta para assegurar o transporte de utentes, por exemplo, para o qual estamos disponíveis, mas o que realmente nos interessa é assegurar uma solução definitiva, que passa pela construção de novas instalações adequadas para prestar serviço a toda a população, até porque já há uma cedência de terreno e a disponibilização de parte dos meios financeiros por parte da autarquia”, diz Rui Maximiano. [notícia no Cidade Viva e na Rádio Ocidente]

© Luís Galrão/Tudo sobre Sintra

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