sábado, 25 de outubro de 2014

Agência dos EUA adverte farmacêutica sobre monitorização ambiental na fábrica de Sintra


Aspecto de uma das unidades inauguradas em Sintra, em 2009, pelo rei da Jordânia.  © Luís Galrão

A agência reguladora de alimentos e medicamentos dos EUA advertiu por escrito a multinacional farmacêutica Hikma, devido a aspectos relacionados com a monitorização ambiental numa das fábricas instaladas em Fervença, Sintra. Segundo a empresa, citada pela agência Reuters, a Food and Drug Administration (FDA, na sigla em inglês) inspeccionou em Março a fábrica de medicamentos injectáveis, mas o conteúdo da advertência não foi especificado (nem foi ainda disponibilizado pela FDA).

Segundo a mesma fonte, a empresa jordana esclarece que irá resolver os eventuais problemas e que a produção não deverá ser afectada. No entanto, alguns analistas acreditam que a situação pode criar dificuldades na aprovação de novos medicamentos produzidos nestas instalações, embora também afirmem que o envio da advertência apenas sete meses depois da inspecção indicia que não haverá ameaça imediata para a saúde pública.

O grupo farmacêutico presente em 11 países com quase três dezenas de fábricas, está na Fervença, Terrugem, desde 1994, onde já construiu pelo menos quatro unidades de produção de medicamentos para uso hospitalar. Os medicamentos genéricos e de marca produzidos em Sintra destinam-se quase totalmente à exportação, sobretudo para aos EUA, Jordânia e Arábia Saudita.

A avaliar por declarações recentes do presidente da câmara, a Hikma deverá também avançar com a construção de um novo centro de investigação. “É muito provável que vá fazer um grande investimento em Sintra. Comprou uma fábrica nos EUA e vai transferi-la para aqui, para um centro de investigação”, revelou Basílio Horta na última assembleia municipal, adiantando que a autarquia já licenciou o projecto.

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