quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Basílio Horta quer quatro novos centros de saúde e anuncia investimento de farmacêutica



A Câmara de Sintra mantém a intenção de construir quatro novos centros de saúde, mas apenas está disponível para assegurar 30% do investimento, reitera o presidente da câmara, que na última assembleia municipal anunciou também um novo investimento da multinacional farmacêutica Hikma. “Temos 2,5 milhões de euros de lado para [os centros de] Almargem do Bispo, Queluz, Agualva e Mem Martins, mas não temos culpa que o Ministério da Saúde não tenha [a sua parte]”, lamentou o autarca.

Basílio Horta afirma que continua a insistir junto do Governo e esclarece que não está disponível para assegurar sozinho o investimento. “Não se pode exigir que seja a câmara a pagar 100%. Damos 30% e os terrenos, mas não podemos substituir-nos ao ministro da saúde”, afirma, assegurando que entretanto a câmara manterá a disponibilidade para apoiar o funcionamento das antigas unidades.

O autarca respondia ao munícipe Paulo Rodrigues, da União de Freguesias de Almargem do Bispo, Pêro Pinheiro e Montelavar, que questionou a câmara sobre o futuro dos três centros de saúde da união de freguesias, onde diz existir “uma redução substancial das consultas”, e que se queixou que apesar da criação de um Conselho Estratégico Ambiental (CEA), mantêm-se os problemas de saneamento básico em Almornos, Aruil e Camarões.

Parecer da Estradas de Portugal desbloqueia investimento da Hikma

Basílio Horta respondeu que até ao fim do mandato serão investidos 32 milhões em obras de saneamento e aproveitou para saudar o papel do CEA presidido pelo ex-ministro do ambiente Nunes Correia, nomeadamente em matéria de investimentos no litoral e na atracção de investimentos empresariais. “Temos um grupo de trabalho para estudar os licenciamentos que não puderam ser feitos durante muito tempo numa zona importante do concelho, para ver se conseguimos deslocalizar a Reserva Ecológica Nacional (REN), de forma a que possam ser dados licenciamentos, nomeadamente investimentos empresariais”.

Um dos projectos desbloqueados, avança, será uma nova unidade da Hikma, “a maior exportadora de produtos farmacêuticos”, que pretende ampliar as instalações no concelho. “É muito provável que vá fazer um grande investimento em Sintra. Comprou uma fábrica nos EUA e vai transferi-la para aqui, para um centro de investigação. Mas teve para não fazer, porque para se expandir tinha de ocupar uma zona de protecção de uma estrada que não existia e não devia existir. Foi preciso esse conselho pedir à Estradas de Portugal que dissesse que a estrada não está prevista para se poder libertar o investimento. Assim foi e o licenciamento foi dado”, informa o autarca.

© Luís Galrão/Tudo sobre Sintra

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