quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Câmara e Ministério assinam protocolo para a construção de quatro centros de saúde



[Actualizado] A Câmara de Sintra celebrou hoje um protocolo com a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), que prevê a construção de quatro novos centros de saúde em Almargem do Bispo, Algueirão-Mem Martins, Queluz e Agualva, para substituir as actuais instalações sem condições.

No documento, que também contou com a assinatura do ministro da Saúde, Paulo Macedo, a autarquia compromete-se a ceder gratuitamente os terrenos, em regime de direito de superfície, bem como a realizar todas as obras exteriores necessárias. Será também a autarquia a elaborar os projectos de especialidades e a suportar 30% do financiamento de cada empreitada.

Ao todo, serão investidos 7,9 milhões de euros, 2,4 dos quais pela parte do município, mas o arranque das obras está ainda dependente da assinatura de um contrato-programa entre as duas partes, cuja data não foi anunciada. Para já, o presidente da câmara, Basílio Horta, diz que irão avançar em 2015 as novas unidades de Almargem do Bispo, Algueirão-Mem Martins e Queluz, ficando a de Agualva apenas para 2016.





Em Algueirão Mem-Martins, serão utilizados os terrenos da antiga fábrica da Messa, onde as novas instalações irão centralizar a Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados de Algueirão, Unidade de Saúde Familiar Natividade (de Ouressa), Unidade de Saúde Pública de Sintra, Unidade de Cuidados na Comunidade do Cruzeiro e Espaço Jovem.

Em Queluz, será reutilizada a antiga Escola Básica D. Fernando II, que após as obras irá substituir a Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados dos Lusíadas, equipamento que Paulo Macedo sabe não ter as devidas condições, porque já foi utente; enquanto em Almargem do Bispo, a futura unidade absorverá os pólos de Almargem do Bispo, Sabugo, D. Maria e Negrais da Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados.

Paralelamente, o ministro diz que são necessárias obras de ampliação do serviço de urgências do Hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra), um projecto que já foi solicitado à ARSLVT, e que poderá passar por "um edifício novo ou uma deslocalização". Paulo Macedo admite ainda que são necessários mais médicos de família, um esforço de contratação que diz estar a fazer, e não exclui a hipótese de criação de um segundo Serviço de Urgência Básica (SUB) em Sintra.



A sessão de assinatura, que decorreu no Palácio Valenças, contou com um ruidoso protesto da Comissão de Utentes da Saúde de Sintra (CUSCS), que quis lembrar ao ministro que o concelho continua com “160 mil utentes sem médico de família” e sem um hospital público. [ver comunicados da ARSLVT e da Câmara de Sintra]

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