quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Ramos Horta felicita Nuno da Câmara Pereira por "tentar dar voz às minorias étnicas"



O candidato independente à presidência da Câmara de Sintra que concorre pelo Partido da Nova Democracia (PND), Nuno da Câmara Pereira, contou ontem com o apoio do amigo José Ramos Horta num almoço informal na Praia Grande. “Esta região paradisíaca teria um óptimo presidente da câmara ou um grande vereador no Nuno da Câmara Pereira, um homem sensível e independente, que traria para Sintra mais atractivos culturais. Conheço-o há mais de duas décadas, foi um grande apoiante da causa de Timor-Leste, e ficarei feliz se ele vier a ser eleito”, disse o actual representante do secretário-geral da ONU para a Guiné-Bissau.

Ramos Horta salientou tratar-se de uma opinião pessoal, dado que não é eleitor português, nem pretende “intrometer-se em questões eleitorais”. “Não estou a endossar a campanha, mas se consta como apoio, que fique como apoio. Interessei-me muito [pela candidatura] porque na lista do Nuno constam várias pessoas, hoje cidadãos portugueses, mas originários dos países da CPLP [Comunidade dos Países de Língua Portuguesa], em particular da Guiné-Bissau, um facto que acho interessante. Quis conversar com eles e felicito o Nuno por tentar dar poder e voz às minorias étnicas”, disse.

Já o candidato Nuno da Câmara Pereira justifica que faz parte do seu projecto autárquico “chamar a minoria africana”. “Fico chocado quando ao fim de 500 anos da presença de Portugal em África, ainda não conseguimos entrosar-nos no nosso país com esta gente que colonizámos, com quem nos miscigenámos, agora migrante ou imigrante, e que não faz parte do nosso processo de renovação política depois do 25 de Abril”, afirma.

Outra das preocupações da candidatura será o combate contra a corrupção. “É uma batalha que continua. Estou aqui contra o caciquismo em que esta Sintra ao lado de Lisboa se transformou. Uma colónia perversa do poder político central, que através dos partidos emana o compadrio que nós todos queremos erradicar. Vive-se melhor do que há 12 anos, mas ainda há muito por fazer para erradicar o favoritismo a que podemos chamar corrupção e que existe sobretudo devido ao problema da burocracia. Enquanto houver burocracia, há caciquismo, favoritismo, compadrio e corrupção”, diz (ver entrevistas em vídeo). [notícia na Rádio Ocidente]

© Luís Galrão/Tudo sobre Sintra

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