terça-feira, 22 de abril de 2014
Basílio Horta admite ceder às reivindicações do STAL no dia em que sair da Câmara de Sintra
Os trabalhadores das empresas municipais extintas no âmbito da reorganização do sector empresarial local, entretanto integrados no município, "invadiram" hoje a reunião do executivo e exigiram ser ouvidos. Em causa está a reivindicação de uma adenda aos contratos de cedência já assinados, que assegure todos os direitos que tinham nas empresas HPEM (higiene pública), Educa (escolas) e SintraQuorum (cultura).
Após um plenário que teve lugar no terreiro do Palácio Nacional de Sintra, e que contou com a presença de Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP, os trabalhadores dirigiram-se para o Palácio Valenças, onde tentaram fazer-se ouvir na reunião pública de câmara. No entanto, o presidente Basílio Horta foi inflexível à participação de alguns sindicalistas, aos quais recordou que há um regimento a cumprir, e que havia, inclusive, pessoas já inscritas para falar após a ordem do dia.
No entanto, as cerca de duas centenas de trabalhadores, a maioria no exterior, dado que a Polícia Municipal apenas permitiu a entrada enquanto houvesse lugares sentados, conseguiu interromper os trabalhos após um representante sindical ter exigido intervir, e o presidente da câmara ter dado ordem para a Polícia Municipal o identificar. Antes, já tinha ocorrido outro incidente, após alguém ter chamado “palhaço” a Basílio Horta, o que motivou que o autarca fosse exigir explicações.
Durante a interrupção de cerca de meia hora, o presidente da câmara conversou com parte dos trabalhadores e representantes do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL), aos quais assegurou que a câmara extinguiu as empresas municipais no cumprimento da lei, com a qual também discorda, mas assegurou todos os direitos legais dos trabalhadores, que foram integrados nos Serviços Municipalizados (SMAS) e na própria autarquia, bem como a manutenção de um horário de trabalho de 35 horas.
No calor da conversa, Basílio Horta comprometeu-se a assinar a adenda pretendida pelos trabalhadores municipais, mas apenas quando deixar o executivo. "Comprometo-me com vocês que, quando me for embora, assino as adendas todas", disse perante a pergunta “o que nos vai acontecer depois de sair?”, uma das muitas na meia hora de conversa e discussão, sempre acompanhado por elementos da Polícia Municipal. [ver fotogaleria no Facebook do Tudo sobre Sintra] [notícia no ionline, no Jornal da Madeira, no Portugal News e na Rádio Ocidente]
© Luís Galrão/Tudo sobre Sintra
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