
Aspecto da esscada após as obras de recuperação
Após obras de requalificação, a Câmara de Sintra reabriu há uns meses a escadaria de acesso sul à Praia Grande, interditada desde 2007 por razões de segurança. Mas, na sequência de uma visita recente, que contou com a presença do vereador Pedro Ventura, a CDU alerta para “a importância da urgente monitorização da arriba que em certos pontos ameaça ruir, como se constatou pelas pedras e terras espalhadas nas escadas recentemente requalificadas.”
A preocupação é partilhada pelo presidente da Junta de Freguesia de Colares, que afirma que também já alertou a autarquia. “Estou preocupado com a queda de pedras e alguma derrocada que possa haver. Aliás, já houve uma, que comuniquei logo aos serviços da câmara que vieram imediatamente. Acho que devia ser equacionada a colocação de uma rede de protecção lá numa zona, e já o disse aos serviços da câmara”, revelou Rui Santos à margem da recente presidência aberta de Basílio Horta na freguesia.

Aspecto das placas de interdição em 2008
Já o presidente da câmara diz desconhecer estes alertas e não ter razões para estar preocupado. “Isso é matéria dos técnicos. Se garantem que está bem, não sei porque havemos de confiar mais na CDU do que nos técnicos”, respondeu Basílio Horta quando questionado pelo Tudo sobre Sintra. Segundo o autarca “foi feito tudo no sentido da escada ter todas as condições de segurança”. “Demorou bastante tempo. Se calhar, há muita gente que gostaria que a escada lá não estivesse, mas isso é outra questão”, remata.
Além de permitir o acesso à praia, esta escadaria permite ver mais perto os trilhos com mais de seis dezenas de pegadas de dinossauros gravadas nas rochas verticais. Segundo um comunicado da autarquia, que não refere qualquer intervenção na arriba, “o caminho encontrava-se em mau estado de conservação, com pedras e terras desmoronadas, o que dificultava a observação das pegadas”.

Aspecto das placas de interdição em 2011
O acesso só foi reaberto após uma empreitada que custou cerca de 20 mil euros, e que decorreu entre Julho e Outubro. Os trabalhos “contemplaram a criação de uma plataforma de observação das pegadas, assim como de um corrimão ao longo de todo o acesso e um passadiço de acesso ao areal, ambos em plástico compósito 100% reciclado”.
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