
© Grupo 19 | Sintra
O Grupo 19 | Sintra da Amnistia Internacional Portugal assinala na próxima sexta-feira 25 anos de activismo pelos Direitos Humanos, num jantar com antigos e novos membros, dirigentes nacionais e amigos, que servirá para comemorar "o trabalho realizado no concelho, nomeadamente entre a juventude, e pelas vítimas que ajudou neste quarto de século".
O grupo nasceu em 1989 e a primeira campanha em que trabalhou foi Timor-Leste. Mais tarde, um dos primeiros prisioneiros que adoptou foi o israelita Mordechai Vanunu. "Os activistas escreveram cartas a governos e prisioneiros, montaram bancas, manifestaram-se, visitaram embaixadas, alimentaram programas de rádio, participaram em debates, promoveram peças de teatro e concertos de música clássica, entre outras iniciativas".
A actividade do grupo incluiu também tertúlias temáticas, sessões de esclarecimento, públicas ou em escolas, e a publicação de um livro sobre Direitos Humanos destinado a estudantes. Os activistas do 19 participaram também em iniciativas de outros grupos nacionais e da sede, intervieram nos concelhos sem grupos organizados e manifestaram-se mesmo fora do país, por exemplo em Madrid.
Entre 2010 e 2014 o grupo intercedeu com sucesso pela saraui Aminetu Haidar e a guatemalteca Norma Cruz, e contribuiu para a libertação de mais de uma dezena de prisioneiros de consciência no Peru, Guiné Equatorial e Angola. Hoje, o 19 "centra a sua actividade na Educação para os Direitos Humanos, por exemplo nas Mostras anuais de documentários sobre Direitos Humanos, o único certame do seu género em Portugal, que vai na XII edição, a par de campanhas como 'O meu corpo, os meus direitos', e da defesa de casos que sobraram anacronicamente do passado, como o de Vanunu, e de outros novos, como o do advogado Ponciano Mbomio Nvó, na Guiné Equatorial."
O Grupo 19 está também "presente nas redes sociais, mantém vivas colunas na imprensa escrita, mas, enquanto estrutura operacional, é no terreno que mais actua. Conta com algumas dezenas de membros e apoiantes, incluindo um núcleo duro de 17 activistas", explica a Amnistia Internacional em comunicado.
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