O presidente da Câmara de Sintra aguarda que a empresa proprietária do Hotel Central Palace (antigo Hotel Central), localizado junto ao Palácio Nacional de Sintra, legalize a esplanada ilegal embargada em Dezembro pelo município. “Ou apresenta um projecto e legaliza, e vamos ver como, ou não legaliza, e então tem de destruir aquilo, mas diz que vai apresentar, vamos ver”, disse Basílio Horta na sexta-feira, à margem da presidência aberta realizada na freguesia de Colares.
No entanto, o autarca salienta que “nenhum projecto pode prejudicar os azulejos” dos dois edifícios afectados, o Café Paris e o Hotel Central que, segundo denúncias do blogue Retalhos de Sintra e da Alagamares, viram a estrutura metálica ser "fixada/pregada/aparafusada" directamente nos azulejos antigos. “Se houver alguma deterioração dos azulejos, tem de se ver como, mas têm que ser arranjados, porque tem de ser reposto”, diz o autarca, que não soube precisar qual o prazo dado à empresa, remetendo para o auto de embargo.
Acontece que o gabinete de comunicação da autarquia não respondeu aos três pedidos de informação do Tudo sobre Sintra, enviados a 22 de Dezembro, 5 de Janeiro e 14 de Janeiro, nomeadamente solicitando acesso a esse documento, o que já motivou uma queixa à Comissão de Acesso a Documentos Administrativos (CADA), por violação da Lei de Acesso aos Documentos Administrativos. O Tudo sobre Sintra também pediu uma reacção à empresa, a Silva Carvalho Restauração, mas não obteve qualquer resposta.
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