A Assembleia de Freguesia de Queluz “recusa liminarmente a extinção da freguesia” por agregação a Belas, como é proposto nas duas soluções apresentadas pela Unidade Técnica para a Reorganização Administrativa do Território (UTRAT). Na sessão extraordinária realizada ontem, a totalidade dos autarcas partilhou as críticas à "aberração" proposta pela UTRAT, mas não conseguiu chegar a consenso sobre a moção final.
O documento aprovado acabou por ser a moção subscrita pelas bancadas do PS, da CDU e do BE, um texto muito crítico em relação à actuação da Coligação Mais Sintra (PSD/CDS-PP) a nível municipal, razão pela qual estas duas forças políticas votaram contra, optando por apresentar uma moção própria que foi rejeitada pelas restantes bancadas.
Na moção aprovada, a esquerda rejeita a extinção de qualquer freguesia em Sintra, acusa a maioria na Câmara e na Assembleia Municipal de “irresponsabilidade” e diz que a UTRAT faz tábua rasa da vontade das populações. PS, CDU e BE recordam que Queluz é freguesia há mais de 80 anos e que a cidade é constituída pelas freguesias de Queluz, Massamá e Monte Abraão, não fazendo sentido uma fusão com a freguesia de Belas.
O documento critica ainda a estratégia adoptada pelo executivo camarário e pela maioria, que optou por pedir esclarecimentos à UTRAT a cinco dias do fim do prazo para uma pronúncia do município, numa “tentativa pueril de adiar o problema”. “Ao colocar a discussão no plano jurídico, o presidente procurou encontrar o álibi perfeito para a sua ausência, acabando de condenar a freguesia de à extinção”, acusa a moção.
Coligação Mais Sintra vai propor menos agregações
As acusações foram devolvidas pela bancada da Coligação, que diz que é a esquerda que deve ser responsabilizada pela eventual agregação a Belas. “Estamos de consciência totalmente tranquila. Tivemos razão antes do tempo, quando dissemos que não deveríamos deixar cair a decisão nas mãos da UTRAT. Apontámos soluções, ao invés das outras bancadas, que ao pedir que não haja agregações estão a defender as propostas da UTRAT e serão culpadas por Sintra ficar com 11 freguesias”, acusa Silvino Rodrigues.
O autarca do CDS-PP apresentou uma moção alternativa, que critica a “conduta omissiva” da UTRAT e lembra que continua a decorrer a intimação apresentada pela Câmara junto do Supremo Tribunal Administrativo. “As soluções da UTRAT não servem os reais interesses de Sintra e dos sintrenses, pelo devem ser rejeitadas liminarmente e o processo judicial deve ser levado até ao fim”, defende.
A Coligação Mais Sintra defende também que a Assembleia Municipal “exerça o direito de pronúncia” e avançou que na sessão extraordinária de quarta-feira irá apresentar “uma proposta de pronúncia para que Sintra não fique com 11, mas com 13 ou 14 freguesias”. “A lei é uma realidade e ter 13 freguesias é melhor do que apenas 11”, salientou o social-democrata Adolfo Reis, que lamentou não ter sido possível aprovar uma moção comum e reiterou que a haver agregação de Queluz, deverá ser com Monte Abraão.
© Luís Galrão/Tudo sobre Sintra
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Eu sou a favor da agregação. Quando Queluz ascendeu a cidade passou de uma freguesia para três e a qualidade de vida em Queluz está muito pior.
ResponderEliminarResido numa praceta que foi destruída e que os seus moradores foram enclausurados,pois nem sequer pode entrar um "elevador" para mudanças.
Além disso, a praceta foi transformada num "recreio" com liberdade para todos os "disparates".
Mas os partidos apoiam-se nas autarquias e por isso querem manter o estado actual.As infraestruturas políticos actuais não podem continuar porque os contribuintes já não podem sustentar tantos "boys", "girls",caquiques, etc.