A Quercus denuncia hoje que 25 por cento dos óleos alimentares usados (OAU) recolhidos em Sintra "são encaminhados para destinos não adequados e empresas não licenciadas que, em algumas freguesias, aparecem às dezenas". A conclusão é de um estudo realizado em parceria com a Agência Municipal de Energia de Sintra (AMES) e a empresa municipal HPEM, que alerta que as empresas portuguesas que produzem biodiesel a partir deste resíduo queixam-se da falta de matéria-prima para reciclar, vendo-se obrigadas a procurar OAU noutros mercados.
Segundo a Quercus, apesar da sensibilização para os efeitos que este resíduo poderá provocar nas instalações sanitárias e estações de tratamento de águas residuais (ETAR), as entidades produtoras procuram por vezes "uma solução rápida que não garante a fiabilidade do destino final", uma situação agravada pela falta de fiscalização no canal HORECA (hotéis, restaurantes e cafés). "O encaminhamento do óleo usado para destinos não licenciados e mercados paralelos, bem como o elevado escoamento deste resíduo para Espanha, tem levado ao encerramento de muitas empresas licenciadas, nos últimos anos", acrescenta a Quercus.
A situação é do conhecimento da Inspecção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (IGAMAOT), entidade à qual a Quercus denunciou em 2012 a actuação de 10 operadores, dos quais este organismo reconheceu a ilegalidade de oito. "Desconhecemos contudo, qualquer actuação por parte desta Inspecção para regularizar as situações identificadas, apesar de a Quercus ter questionado a IGAMAOT sobre este assunto no passado mês de Março", lamenta a associação. [Fonte: Quercus - ANCN]
Que notícia confusa. Então não é a HPEM que efectua a recolha dos óleos usados? São colocados nos Oleões. Alguém os desvia? Há qualquer coisa que não bate certo...a merecer a devida investigação, porque eu coloco no oleão e se depois não e gerido pela HPEM quem o vai lá buscar?
ResponderEliminarO comunicado da Quercus refere-se aos óleos alimentares recolhidos no chamado canal Horeca (Hotéis, Restaurantes e Cafés), que em Sintra abrange cerca de 1200 estabelecimentos, onde a recolha deveria realizar-se por empresas certificadas.
ResponderEliminarObrigado ao TSS pela ajuda. Provavelmente a HPEM é que deveria prevenir a situação, colocando recipientes nos estabelecimentos e regularmente fazer a recolha nos locais. Então não seria muito mais prático? O mercado paralelo resulta, exactamente, das "ofertas" que nas várias actividades são feitas.
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