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A Assembleia Municipal de Sintra aprovou ontem, por unanimidade, uma moção que exige a manutenção de todas as valências existentes no Hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra), bem como a sua “classificação num nível compatível com a sua área de influência”.
O documento, subscrito pelos deputados municipais da Comissão Especializada de Saúde, Solidariedade e Inovação Social, critica a portaria 82/2014, que permite classificar e posicionar os estabelecimentos do Serviço Nacional de Saúde, e respectivas valências, e que integra o Amadora-Sintra no grupo de hospitais que servem entre 75 mil e 500 mil habitantes.
“O Hospital Fernando Fonseca tem uma área de influência de cerca de 552971 habitantes, prevendo-se a passagem de duas freguesias da Amadora para o Hospital de Santa Maria para que os números fiquem em conformidade com a portaria”, denunciam os deputados municipais, preocupados com perda de valências como a obstetrícia ou a cirurgia pediátrica. Esta possibilidade levou à criação de uma petição em defesa do Amadora-Sintra, que contra já com mais de quatro mil assinaturas.
Basílio Horta promete estar “atento” às garantias do ministro da saúde
Em resposta, o presidente da câmara diz ter tido “uma longa conversa” com o ministro Paulo Macedo, que terá garantido que “não vai haver diminuição das valências”. “Garantiu que isso não acontecia, mas vamos estar atentos. Disse-nos que não vai haver aumento da classificação do hospital, como devia ser, porque entende que serve menos de 500 mil utentes, o que é mentira. O Hospital Fernando Fonseca tem 605 mil utentes, mas pegaram em duas freguesias da Amadora e puseram no Hospital de Santa Maria, que é uma coisa absolutamente inaceitável”, lamenta Basílio Horta.
Apesar das garantias, o autarca voltará a discutir o tema com o governante já na próxima terça-feira, numa reunião em que também estará o secretário de Estado. “É um problema que estará em agenda, porque nós não aceitamos nenhuma diminuição de valências do hospital. Era o que faltava, que o concelho com maior número de nascimentos ficasse sem obstetrícia ou sem urgência pediátrica. Nem pensar nisso!”.
Outro tema a tratar será o protocolo para a construção de quatro dos cinco centros de saúde pretendidos pela autarquia (Agualva, Almargem do Bispo, Mem Martins e Queluz), que avança com o terreno ou as instalações, e mais 30% do investimento. “Nós temos o dinheiro disponível, o Governo é que não, mas temos de o fazer, porque a situação de alguns centros de saúde é indigna”, afirma Basílio Horta. As duas prioridades são Queluz e Almargem do Bispo, que a câmara espera ver concluídos ainda este ano.
No caso da antiga freguesia de Almargem do Bispo, está a ser ultimada a contratação de dois a três médicos, uma solução encontrada pela autarquia para impedir o encerramento das extensões de saúde de Almargem, Dona Maria e Sabugo, mas que a câmara espera prolongar apenas até ao final do ano. “Pensamos que ao fim deste tempo o novo centro de saúde de Almargem do Bispo já deve estar a funcionar e, nessa altura, com um sistema de transportes que teremos em conjunto com a junta de freguesia, não se justifica manter abertas as antigas extensões”, explica o presidente da câmara.
© Luís Galrão/Tudo sobre Sintra
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