segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
Câmara recolhe cavalo que agonizou até à morte em Mira Sintra
Imagem do início da tarde de hoje, antes da remoção. © Luís Galrão
O cadáver do cavalo que morreu este fim-de-semana em Mira Sintra, após longas horas de agonia, foi removido esta tarde pela autarquia, por razões de saúde pública. Na sexta-feira, o animal caiu de uma ribanceira situada nas traseiras da Avenida Timor Lorosae, tendo sido socorrido umas horas depois pelos Bombeiros de Agualva-Cacém. Apesar da intervenção de várias autoridades, o cavalo sobreviveu até ao dia seguinte sem assistência, e acabou por morrer durante a madrugada de sábado para domingo.
A história está parcialmente documentada em dois vídeos no Youtube e em algumas fotografias colocadas na Internet. “Pouco minutos depois deste vídeo, o cavalo que serenamente pastava, caiu pela ribanceira para um desfecho infeliz de 48 horas de abandono e sofrimento”, descreve o morador Telmo Azevedo. Um segundo filme revela a agonia do animal após a queda.
Foto do cavalo no Sábado, ainda vivo. © Telmo Azevedo
O caso foi acompanhado pelo Gabinete Medico Veterinário Municipal, que não pode recolher o cavalo ou prestar-lhe assistência, porque legalmente essa é uma competência do proprietário ou da Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV). “A Polícia identificou e notificou o proprietário a tomar as medidas previstas na lei, que no caso era chamar o veterinário assistente, porque só ele poderia proceder a um abate de emergência, caso fosse necessário”, explica fonte do gabinete.
O acidente não é novidade em Mira Sintra, onde são frequentes as situações de perigo causadas por cavalos que vagueiam pela freguesia, alegadamente propriedade de um comerciante de etnia cigana. “Temos alertado consecutivamente as autoridades, porque é um perigo enorme ter animais deste porte a vaguear na via pública, mas sentimo-nos impotentes”, revela Rui Pinto, presidente da Junta de Freguesia de Mira Sintra. [ver actualização em vídeo]
© Luís Galrão/Tudo sobre Sintra
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3 comentários:
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Sinto vergonha de viver num país onde se deixam a agonizar animais até à morte, por razões inacreditáveis.
ResponderEliminarSempre pensei que no município de Sintra houvesse mais respeito pelos animais...
Em Cascais actuam de outra forma:
ResponderEliminarCavalos doentes e com fome resgatados em Cascais
Cinco cavalos abandonados, em estado de má alimentação e a inspirar urgentes cuidados médico-veterinários foram resgatados, esta terça-feira, em Alcabideche por técnicos da Câmara de Cascais e entregues aos responsáveis da Quinta do Pisão.
Em comunicado, a autarquia informou que a operação decorreu esta tarde, na Atrozela, freguesia de Alcabideche, depois de o proprietário dos animais ter sido notificado para regularizar a situação e ter ignorado o contacto.
"O caso já estava identificado há alguns meses, sendo que no passado dia 24 de setembro o proprietário recebeu uma notificação de legalização da exploração pecuária e cumprimento das condições para detenção de equídeos, com particular atenção para a situação de alojamento e alimentação, de acordo com as regras do bem-estar animal estabelecidas por lei", lê-se.
Contudo, a câmara tomou ainda conhecimento da morte de um dos cavalos, no início deste mês, sem que lhe tivesse sido prestado assistência e decidiu de imediato desencadear hoje a operação de resgate dos restantes animais.
Além da falta de condições de sobrevivência, a Guarda Nacional Republicana (GNR) registou ainda situações em que os cavalos estavam a deambular na via pública, colocando em causa a circulação de viaturas e pessoas.
Na missão participaram meios da Polícia Municipal, Empresa Municipal Cascais Ambiente, Serviços Veterinários Municipais, GNR e Direção de Serviços Veterinários da Região de Lisboa e Vale do Tejo.
"No momento em que todos têm desculpas para nada fazer, em Cascais não prescindimos de exercer as nossas responsabilidades públicas na salvaguarda do bem-estar animal", afirmou o presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras, presente na operação.
Os cinco cavalos - um garanhão, uma égua adulta e três poldros - foram levados para a Quinta do Pisão, espaço sob gestão da Empresa Municipal Cascais Ambiente, onde irão tratamento médico-veterinário adequado e serão alimentados devidamente.
http://www.jn.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Lisboa&Concelho=Cascais&Option=Interior&content_id=2954749
Nunca se viu nada disto como agora,já em Novembro num terreno junto a estação de Meleças uma Égua também morreu, por falta de cuidados.já a semana passada, num terreno que se diz ser do construtor Júlio Rendeiro, um poldro também morreu e andam lá mais uns 4 cavalos que lhes vai acontecer o mesmo, pois todos os dias passo por aqueles sítios e vejo o estado em que vão ficando, tenho pena,
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