quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Comerciantes de Agualva temem fim das obras da estação apenas em 2012



Os comerciantes do Largo da Estação, em Agualva, foram ontem pedir ajuda à assembleia de freguesia, porque estão preocupados com o atraso das obras da nova estação rodo-ferroviária. “A obra devia terminar em Agosto, mas continua, e mais grave, está parada”, denunciou Helena Rebelo. “Por isso, vimos pedir apoio ao presidente e estranhamos que ele tenha dito numa entrevista que desconhecia o atraso”, explicou.


Segundo a empresária, o prolongamento das obras que cortaram o acesso à estação ameaçam a viabilidade de vários negócios. “A REFER diz que a obra só será concluída em meados de 2012. Fala-se que perto de Abril. Mas nós não conseguimos suportar mais. Fizemos contas até ao fim previsto [Agosto]. A partir deste momento é insustentável porque continuamos a perder clientes e forças para continuar”, afirmou

Os comerciantes pedem uma indemnização ou a reabertura do acesso à estação, cortado desde o início de 2010. “Queremos que paguem os prejuízos ou que nos deixem trabalhar, mas nesta fase só pedimos que nos deixe trabalhar”, avança. A próxima iniciativa será um protesto na assembleia municipal e em curso está já um abaixo-assinado. “Faremos o que estiver ao nosso alcance e apelamos a que o presidente da junta esteja activamente ao nosso lado”, pediu a empresária.

Em resposta, o presidente Rui Castelhano diz ter noção do atraso, e ter apenas uma “informação informal da REFER de que a obra estará pronta no primeiro semestre de 2012”. Quanto aos incómodos, considera que são típicos deste tipo de obras em meio urbano. “Ninguém duvida do salto qualitativo, mas são obras que demoram e têm impactes significativos”, admitiu. O autarca prometeu “sensibilizar” a empresa para a necessidade de abrir aquele acesso pedonal à estação, até porque “estava previsto que isso acontecesse em Maio de 2011”.

A oposição aproveitou a situação para criticar o presidente da junta na falta de resposta aos fregueses. “É preciso dizer que os comerciantes tiveram uma redução de facturação entre 60 e 80 por cento e que o presidente pode fazer mais do que disse aqui. Pode intervir na assembleia municipal, por exemplo”, defendeu Rui Ramos, da CDU. Esta força política propôs uma moção que defende o ressarcimento de todos os prejuízos aos comerciantes, proposta que foi aprovada por unanimidade.

As críticas foram idênticas do lado do PS e do BE. “A posição do presidente é inadmissível. No caso da contestação às instalações do Instituto da Droga teve intervenção, mas relativamente à REFER nunca vimos diligências”, lamentou o socialista João Castanho.

Luís Galrão/Tudo sobre Sintra (texto e foto)

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