[Actualizado] O Plano de Pormenor da Abrunheira Norte (PPAN), actualmente em consulta pública, foi um dos temas levantados no período antes da ordem do dia da assembleia municipal de quinta-feira, com o deputado Rui Castelhano, do PSD, a não tomar ainda posição sobre o projecto, mas a alertar para eventuais problemas. “Tendo em conta algum histórico de planos mal feitos em Sintra, é importante olhar com atenção para as acessibilidades previstas e para a gestão dos impactos ambientais inerentes”, disse.
Maurício Rodrigues, do CDS-PP, considera que o empreendimento “é benéfico para o concelho, vai captar investimento e dinamizar a economia”, mas deixou uma lista de oito questões, incluindo sobre o trânsito e as acessibilidades, às quais a câmara ficou de dar resposta. Também Helena Carmo, do BE, mostrou-se “bastante preocupada” com a urbanização e com os “ecos evidentes da população alarmada com o que para ali se prevê”, mas deixou uma posição final para quando terminar a fase de consulta pública e o projecto for apresentado à assembleia municipal.
Em resposta, o presidente da câmara assumiu que há aspectos que o preocupam, como as acessibilidades, mas foi peremptório ao defender que aquele projecto “é uma mudança estrutural para o concelho” e não deve ser abandonado devido a “radicalismos ambientais”. “Vai nascer ali uma cidade, se se chegar a fazer, e os sintrenses têm que escolher. Não podem dizer que querem o investimento directo na ordem dos 185 milhões de euros*, com a criação de 1800 postos de trabalho, mas não querem a parte comercial. Não podemos comer o bolo e tê-lo na mão.
Basílio Horta, que apelida o projecto de “Cidade da Sonae”, diz-se “disponível para encarar outras hipóteses”, mas defende que os 70 hectares em causa não devem permanecer “abandonados”. “Estamos conscientes das preocupações, como são as nossas, mas espero que plano vá para a frente. Será um plano em que os sintrenses de boa fé se possam rever, ou não será”, assegurou. O tema deverá voltar a ser discutido na sessão extraordinária prevista para hoje, às 19h30, no Palácio Valenças. (*apesar do autarca ter referido 'cerca de 200 milhões, 185 directos', o montante oficial estimado é de apenas 125 milhões)
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Começa a ser pratica recorrente o "engano" de números para cima parte da CMS e do seu Presidente sobre este tema....
ResponderEliminarÉ o dinheiro do investimento... é o numero de postos de trabalho que no PPNA refere 1120, e depois se tornam "fora" da documentação 1800....