O lugar de António Lamas, que esta semana deixou a presidência do conselho de administração da Parques de Sintra – Monte da Lua (PSML), só será preenchido em 2015, na data legal para a nomeação da nova administração. Até lá, a empresa pública será gerida pelos outros dois elementos do conselho de administração: Manuel Baptista, nomeado agora administrador delegado, e João Lacerda Tavares, em representação da autarquia.
Esta solução foi acordada entre a Câmara de Sintra e o ministro do Ambiente, Jorge Moreira da Silva, e permitirá que nos próximos meses a autarquia negoceie o aumento da posição no capital social da empresa. “O ministro perguntou o que eu achava - fazer já uma assembleia-geral e resolver o problema, ou atirar essa assembleia para Março ou Abril, a data em que naturalmente seria feita, e durante este período conversarmos, porque sabe que Sintra não está confortável na situação que tem na Parques de Sintra, nem percebe como se chegou a este ponto”, revelou Basílio Horta na última reunião pública do executivo.
Actualmente, o município detém apenas 15% do capital da empresa, mas quer chegar a metade. “Queremos ter 50% e é isso que vamos negociar, porque a câmara deve ter a posição que merece e ter um envolvimento maior na gestão do património que existe no seu território. Se for necessário compramos [capital], é para isso que temos dinheiro”, afirma o autarca. Quanto ao novo presidente, Basílio Horta prefere uma “nomeação por consenso entre a câmara e o governo”, mas admite que isso poderá não acontecer. “Se [o Governo] fizer muita questão em nomear, nomeie. Teremos é de ter um administrador de cada um, mas executivo, isso tem equilíbrio”, defende.
A Parques de Sintra – Monte da Lua é uma sociedade anónima de capitais exclusivamente públicos criada em 2000, após a classificação da Paisagem Cultural de Sintra como Património da Humanidade. Actualmente, a Direcção-Geral do Tesouro, detém 35% da empresa, a mesma percentagem do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, enquanto o Turismo de Portugal e o município de Sintra detêm 15% cada. António Lamas sai pouco antes do final do terceiro mandato para assumir o cargo de presidente do Centro Cultural de Belém (CCB). Os dois administradores que permanecem em funções também estão no final do terceiro mandato, pelo que terão obrigatoriamente de ser substituídos até Maio de 2015.
© Luís Galrão/Tudo sobre Sintra
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